A
construção naval possibilitou o tremendo sucesso econômico do Egito e fundou os
pilares dos 3 mil anos de civilização, ajudando a criar uma das superpotências
mais bem sucedidas que o mundo já conheceu. Há fortes indícios de que
alguns dos louros atribuídos aos fenícios precisam ser divididos com os
egípcios. A vela mais antiga de que se tem notícia, por exemplo, é egípcia e
foi encontrada dobrada dentro de uma múmia em Tebas, de cerca de 1000 a.C.
Os
egípcios foram os primeiros a projetar barcos pensando previamente no destino
que eles teriam. Modelos militares eram
diferentes dos cargueiros, que por sua vez não se pareciam com os utilizados
para lazer ou cerimônias religiosas. Eles criaram os melhores barcos militares
e a frota mais veloz. A chamada nau de Quéops, com 47 metros de comprimento é a
mais antiga embarcação desse porte encontrada até hoje. Durante o governo do
Necho II (610 a 595 a.C.), eles já haviam realizado a circunavegação da África. Os
armadores egípcios conheciam as propriedades de expansão da madeira, rigidez e
durabilidade. Tais conhecimentos eram vitais na construção de embarcações
capazes de sustentar blocos de pedras com mais de 80 toneladas. Até agora, não
foram encontrados registros sobre como eles colocavam uma rocha assim numa
balsa sem que ela adernasse durante a operação. Mas que eles conseguiam,
conseguiam.
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