Mumificação
e avanços na medicina do Egito
Uma das revelações mais
impressionantes ao estudar a herança do Antigo Egito é seu desenvolvimento em
medicina e farmacologia. Papiros médicos datados de até mais de 40 séculos
atrás retratando procedimentos médicos e remédios usados até hoje por
profissionais da área de saúde. Os
documentos descrevem cirurgias delicadas, o engessamento de membros com ossos
quebrados e todo o sistema circulatório do corpo humano. Tomografias realizadas
em ossadas conseguiram demonstrar casos em que os crânios abertos
cirurgicamente apresentavam indícios de cicatrização, o que leva a crer que o
paciente sobreviveu à operação e não deve ter sentido dor alguma pois o uso de
anestésicos era prática comum dos médicos da época.
A religião dos faraós
ajudou as descobertas médicas. Eles acreditavam que para alcançar vida eterna a
alma de seus mortos precisava de um corpo. Por isso, desenvolveram a
mumificação, que, na verdade, é um conjunto de procedimentos químicos e físicos
que visava a preservação dos corpos. Esses processos exigiam a
retirada cirúrgica de alguns órgãos internos, que eram separados uns dos
outros. Em alguns casos, eles eram tratados e recolocados no lugar. Com isso,
os egípcios passaram a conhecer o interior do corpo humano de uma forma inédita
até então.
Localizaram
cada órgão e estudaram a relação entre eles. Embora estivessem errados em
algumas de suas conclusões – eles acreditavam que o coração comandava nossos
pensamentos – eles descobriram várias coisas que podiam ser aplicadas aos
vivos.
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